




Centro de História da Família
CHF - Estaca Nova Iguaçu

■ Declaração do Élder John A. Widtsoe a seguir:
*"O templo é a casa do Senhor. Se o Senhor visitar a Terra, Ele o fará no templo (...)
* O templo é um local de instrução. Lá, os princípios do evangelho são revistos e verdades profundas do reino de Deus são reveladas. Se entrarmos no templo com o propósito correto e estivermos atentos, sairemos enriquecidos com sabedoria e conhecimento do evangelho.
* O templo é um local de paz. Dentro do templo, esquecemo-nos das preocupações e dos cuidados do mundo atribulado lá fora. Nossa mente deve estar centrada nas verdades espirituais, uma vez que, no templo, ocupamo-nos apenas das coisas do espírito.
* O templo é um local de convênios. (...) As cerimônias simples ajudam-nos a sair do templo com a firme determinação de levar uma vida digna de receber os dons do evangelho.
* O templo é um local de bênçãos. Recebemos promessas — cujo recebimento está condicionado apenas a nossa fidelidade — que se estendem pelo tempo e a eternidade. (...)
* O templo é um local onde se realizam cerimônias divinas. Os grandes mistérios da vida, como as perguntas sem respostas feitas pela humanidade, são esclarecidas: (1) De onde vim? (2) Por que estou aqui? (3) Para onde irei depois desta vida? (...)
* O templo é um lugar de revelação. É lá onde o Senhor poderá revelar Sua vontade e toda pessoa poderá receber revelação para sua vida” (“Looking toward the Temple”,
Ensign, janeiro de 1972, pp. 56–57).
Cópia de um discurso feito por Lloyd Glenn, membro do Sumo Conselho, em uma Conferência de Estaca no Sul da Califórnia
Libertem os passarinhos
Sou grato pela oportunidade de falar hoje a respeito do assunto que me foi designado: a importância da freqüência ao Templo. Irmãos e irmãs, somos abençoados com bênçãos espirituais durante toda nossa vida, algumas das quais são muito sagradas e confidenciais, outras, embora também sagradas devem ser compartilhadas.
No verão passado, eu e minha família tivemos uma experiência que causou um impacto profundo e duradouro em todos nós ; uma experiência, que sentimos, que deve ser compartilhada. É uma mensagem de amor, uma mensagem para se obter uma perspectiva de vida, restaurar o equilíbrio e renovar prioridades. Com humildade , oro para que eu possa, ao relatar esta história, dar-lhes o Dom que meu filhinho Brian nossa deu em um dia quente de verão no ano passado.
Em 22 de julho, encontrava-me a caminho de Washington,DC, para uma viagem a negócios. Tudo estava normal como de costume, até que pousamos em Denver, estado do Colorado, para trocar de avião. Enquanto reunia os meus pertences do compartimento de bagagem acima da poltrona, ouvi um anúncio no interfone para que o Sr. Lloyd Glenn
procurasse o representante da United Airlines em terra imediatamente. Não me preocupei muito até chegar a porta de saída do avião e ouvir um homem perguntando quem era o Sr. Glenn. Foi então que senti que algo não estava certo e meu coração começou a bater mais rápido.
Quando sai do avião, um jovem de semblante solene veio em minha direção e disse: “Sr. Glenn, houve uma emergência em sua casa. Não sei exatamente o que ocorreu ou quem estava envolvido, mas indicarei o telefone para que possa ligar para o hospital”.
Meu coração agora estava quase saindo pela boca, mas a necessidade de manter me calmo sobrepujou a ansiedade. Segui aquele estranho como se fosse um robô, até um telefone distante de onde liguei o número que me haviam dado para o hospital. Minha ligação foi transferida para o pronto-socorro para onde meu filhinho de três anos havia ido levado, e quando fiquei sabendo então que ele havia sido preso pela porta automática da garagem por vários minutos, e que quando a minha esposa descobriu o acidente, Brian já estava morto. A RCP (respiração cárdio-pulmonar) já havia sido feita pelo vizinho que era médico e os paramédicos continuaram o tratamento até que Brian fosse transportado para o hospital.Até a hora do meu telefonema, Brian já havia sido reavivado e acreditavam que sobreviveria, porém não sabiam naquele momento se havia ocorrido dano ao seu cérebro ou coração. Explicaram que a porta havia fechado completamente sobre seu peito em cima do osso externo, exatamente sobre o coração. Ele havia sido severamente esmagado.
Após conversar com a junta médica, minha esposa me informou que nosso Bispo e mestres-familiares estiveram lá e aguardaram até que os médicos permitissem que dessem uma bênção de saúde em Briam. Ela parecia preocupada ao telefone, mas não estava histérica e sua calma me confortou.
O vôo de retorno para casa parecia não terminar nunca, mas finalmente cheguei ao hospital seis horas após a porta Ter se fechado sobre Brian. Quando entrei na UTI, nada havia me preparada para a visão de meu filhinho de três anos, deitado tão imóvel, em uma cama tão grande com tubos e monitores por todos os lados. Ela estava
entubado no balão de oxigênio. Olhei para a minha esposa a seu lado, que me deu um sorriso de conforto. Tudo parecia um sonho terrível.
Fui informado a respeito de todos os detalhes e me deram uma expectativa de prognóstico. Brian iria viver e os testes preliminares indicavam que seu coração estaria bem- dois milagres por si só- ele iria viver e seu coração estaria bem. Mas, somente o tempo poderia dizer se o seu cérebro havia sido prejudicado.
Durante todas estas horas que pareciam ser intermináveis, minha esposa esteve calma, e me contou que o Bispo havia uma bênção tão poderosa e tão confortante que ela sentiu que Brian estaria bem. Segurei-me às suas palavras e fé como se fossem um salva-vidas.
Toda aquela noite e o dia seguinte Brian esteve inconsciente. Parecia que uma eternidade se havia passado desde a minha viagem do dia anterior. Finalmente, às duas horas, Brian recobrou a consciência e sentou-se dizendo as palavras mais lindas que já havia ouvido. Ele disse : “Papai me dá um abraço”, e esticou seus bracinhos para que eu o abraçasse.
No dia seguinte, ele foi diagnosticado sem problemas neurológicos ou deficiências físicas e a história de sua sobrevivência miraculosa espalhou-se por todo o hospital. É impossível imaginar nossa alegria e gratidão. Quando levávamos Brian para casa, sentimos a profunda reverência pela vida e amor por Nosso Pai Celestial, que é comum aos que sentem a morte tão de perto. Nos dias que se seguiram houve um espírito muito especial em nosso lar. Nossos dois filhos mais velhos ficaram muito mais perto de seu irmãozinho, minha esposa e eu nos tornamos ainda mais unidos e todos nós estávamos mais unidos como família. A vida seguiu com um ritmo menos estressante. A perspectiva
de nossas metas tornou-se mais clara e o equilíbrio mais fácil de se obter e manter.
Sentimo-nos profundamente abençoados. Nossa gratidão era verdadeiramente profunda.
Quase um mês se havia passado desde o dia do acidente. Brian se acordou de sua soneca depois do almoço e disse: “Mamãe senta aqui, eu quero te contar uma coisa”.
Nesta idade, Brian geralmente falava em frases curtas, então tal frase surpreendeu minha esposa; ela sentou-se ao lado de Brian, que começou a contar a história mais fantástica e sagrada que ouvimos.
“Você se lembra quando eu fiquei preso na porta da garagem? Bem, ela era tão pesada e doía muito mesmo. Eu chamava mas V. não ouvia. Comecei a gritar, mas doía tanto, tanto... Aí os passarinhos chegaram”.“Os passarinhos?”- minha esposa perguntou, confusa.
“Sim!”- ele respondeu. “Os passarinhos fizeram um barulho de vento e voaram para dentro da garagem. Eles tomaram, conta de mim”.
“Eles tomaram conta de você?”- ela perguntou.
“Sim”- ele disse, “Um dos passarinhos foi chamar você. Ele foi contar para você que eu estava preso embaixo da porta”.
Um sentimento doce e reverente tomou conta do quarto. O espírito era tão forte e ainda mais leve que o ar. Minha esposa percebeu que Brian referia-se aos seres que vieram ajudá-lo de além do véu. Chamava-os de passarinhos porque eles estavam no ar como os passarinhos que podem voar.
“Como eram os passarinhos?”- ela perguntou.
Brian respondeu: “Eram tão lindos. Estavam vestidos de branco, todos de branco, alguns estavam vestidos de branco e verde, mas alguns só estavam de branco”.
Minha esposa pensou que tudo isto era muito curioso, porque Brian não tinha
idéia do que a cor verde representava.
“Eles disseram alguma coisa?”
“Sim!”- respondeu ele: “Contaram que o bebê iria ficar bem”.
Ö bebê?”- minha esposa perguntou: “Sim, o bebê que estava deitado no chão da garagem.”
Ele continuou; “Ai, você veio para fora e abriu a porta da garagem e correu para o bebê. Você falou para o bebê ficar, para ele não ir embora”.
Minha esposa quase desmaiou ao ouvir isto, pois ela de fato havia ajoelhado ao lado do corpo de Brian e ao ver o seu peito esmagado e suas feições irreconhecíveis ela soube imediatamente que ele já estava morto e então olhando ao seu redor sussurrou:
“Brian, não nos deixe; por favor, fique conosco se puder!”
Ao ouvir Brian lhe relatar as suas próprias palavras, minha esposa percebeu que o espírito de Brian já havia deixado seu corpo e que olhava de cima para seu corpo sem vida.
“E aí o que aconteceu? – perguntou ela.
“Nós fomos viajar”, ele disse: “Para bem, bem longe.” Brian ficava cada vez mais agitado a medida que queria contar as coisas para as quais não tinha palavras. Minha esposa procurou acalmá-lo, confortá-lo e ajudá-lo a entender que estava tudo bem. Brian esforçava-se para contar algo que era obviamente muito importante para ele, mas encontrar as palavras era uma tarefa tão difícil. Finalmente, seus olhos brilharam ao ver uma foto do Templo de Oakland que estava pendurada na parede do quarto. E correu em sua direção.
“Eu fui lá!”- ele gritou: “Lá mamãe”, e apontou para o Templo. “Lá, e em outros como este. Existem muitos deles. Estão em todos os lugares e fui a alguns deles com os passarinhos. Eles voam tão rápido no ar.
“Quando a minha esposa disse: “Aquele é um dos Templos!
“” Sim, sim !”- gritou ele: “Fui aos Templos”.
“São tão lindos , mamãe!”- acrescentou, “Existem muitos passarinhos dos Templos. Um montão deles mamãe. Muitos estão em gaiolas e querem sair, mas não podem sair sozinhos. Precisam de nós para ajudá-los a sair. Mamãe preciso ir ao templo e ajudá-los a sair. Mamãe você precisa ir ao templo agora e soltá-los. E o papai também,
e todo o mundo. Temos que soltá-los da gaiola.”
Minha esposa ficou estarrecida. Um doce espírito envolveu sua mente ainda mais profundamente, porém com urgência sentida antes. Pensou sobre o mundo espiritual e todos aqueles que ainda estão na prisão espiritual e dependem de nós para receber as ordenanças salvadoras do templo. Ela pensou na descrição de Brian; alguns passarinhos estão vestidos de branco e verde e compreendeu a importância desta experiência, que a deixou com o desejo de fazer mais.
Brian continuou contando a sua experiência; os passarinhos lhe haviam dito que precisava retornar a Terra e contar a todos sobre os Templos e os passarinhos nas gaiolas.
Ele contou que havia sido levado para casa por eles e que um pequeno caminhão de bombeiros e uma ambulância estiveram lá. Um homem levou o bebê numa cama branca e que Brian havia tentado dizer ao homem que o bebê estaria bem, mas o homem não podia ouvi-lo. Disse ainda, que os passarinhos lhe falaram para ir junto na ambulância e que estariam junto dele. Contou que lá onde estava era tão bonito e tranqüilo que não queria mais voltar para a Terra. Então, a luz forte e brilhante chegou, o abraçou e disse-lhe; “Te amo, mas você deve voltar. Você precisa jogar baseball, contar a todos sobre os templos e caçar jacarés”. Então, a pessoa dentro da luz forte o beijou e despediu-se. Brian entrou na ambulância junto com dois outros passarinhos. As portas da ambulância se fecharam depois que todos haviam entrado, e disse: “Vi meus lindos, lindos passarinhos dando adeus e o som de vento surgiu novamente e eles subiram para as nuvens”.
A história continuou por mais uma hora. Eles nos ensinou que os passarinhos estão sempre conosco, mas não os vemos porque olhamos com os olhos e não os ouvimos porque escutamos com os ouvidos. Mas, estão lá; podemos vê-los somente aqui ( e então ele colocou suas mãozinhas sobre o coração). Os passarinhos sussurram coisas para nos
ajudar porque nos amam muito. Brian disse ainda: “Mamãe, tenho um plano, você tem um plano , o papai tem um plano. Cada um tem o seu plano. Cada um deve viver o seu plano e manter suas promessas. E os passarinhos nos ajudam a cumprir nosso plano, porque eles nos amam muito”.
Nas semanas que se seguiram, Brian nos chamava com freqüência e nos contava toda a história ou parte dele de novo e de novo. A história era sempre a mesma. Os detalhes nunca mudavam ou mudavam a sua seqüência. Em algumas das vezes ele acrescentava informação extra para explicar melhor algum detalhe. Nunca cessamos de
nos espantar com a forma como nos contava os detalhes e como falava de maneira madura e incomum para a sua idade, quando nos relatava a história dos passarinhos.
Aonde quer que fôssemos, Brian dizia a desconhecidos, que precisavam ir ao Templo para tirar os passarinhos da gaiola. Surpreendentemente, ninguém estranhava a sua solicitação, e na verdade, percebíamos que corações se abrandavam e os olhares eram doces.
Não é necessário dizer que não temos sido os mesmos desde essa experiência. Oramos para jamais voltamos a ser o que éramos. Minha esposa e eu temos ido ao templo repetidas vezes desde então; e sempre que chegamos em casa encontramos Brian à nossa espera para saber quantos passarinhos soltamos daquela vez. Ele vibra quando fazemos selamentos porque isto quer dizer que foram 40 deles e ele diz: “Oh papai, que legal, foram 40 passarinhos”. Quando fazemos endowments a festa não é muito grande porque foram apenas 2. Brian não consegue entender porque ele não pode ir ao templo ainda, muitas vezes é angustiante para ele. Durante meses, sempre, levava consigo um pacote com as fotos dos templos aonde quer que fosse.
Irmãos e irmãs, de todas as mensagens que Brian poderia Ter trazido, ele nos trouxe esta- que devemos ir ao templo e libertar os passarinhos. Testifico que estas coisas que compartilhei com todos hoje são verdadeiras. Têm valor sagrados. Têm conseqüência eterna para todos nós e para os espíritos que aguardam o trabalho que somente nós podemos fazer por eles.
Oro para que todos nós possamos ir aos templos e libertar os passarinhos ,pois esse é o trabalho do Senhor e Sua glória, “trazer a imortalidade e a vida eterna ao homem”. Deixo esta mensagem em nome de Jesus Cristo, amém.
■ A história retirada do diário do irmão S. Brent Farley, de Logan, Utah:
“Hoje à noite, depois de uma sessão inspiradora no Templo de Salt Lake, minha esposa Janene e eu fomos convidados por um oficiante do templo a ajudar no selamento de uma família em que todos já haviam falecido. Aceitamos o convite e entramos na sala de selamento. Antes de iniciarmos, o oficiante expressou seu pensamento de que aquelas salas sagradas eram com freqüência abençoadas com a presença invisível dos espíritos para os quais os selamentos estavam sendo realizados, depois do quê ele continuou. Ajoelhei-me no altar, representando o pai, e uma senhora de idade, representando a mãe, ajoelhou-se também. Outro senhor representou os quatro filhos [um de cada vez], e minha esposa, as quatro filhas. Após o selamento em favor do pai e da mãe, o trabalho iniciou-se para os filhos. Durante o selamento do primeiro filho, tive o cálido sentimento da presença do Espírito Santo, assim como a distinta impressão de que o filho estava presente na sala, como se ele tivesse acabado de aproximar-se do altar. O sentimento foi tão forte que repeti seu nome na mente, como se reconhecesse um amigo que tivesse acabado de chegar. Quando isso aconteceu, senti que ele havia percebido meu cumprimento e tive a impressão de que ele tinha dito ‘obrigado’. Tive a mesma impressão durante o selamento dos outros filhos e repeti na mente o nome das pessoas enquanto as
bênçãos estavam sendo declaradas. Para cada um dos filhos selados, tive a mesma cálida confirmação de sua presença e o reconhecimento do serviço prestado em seu benefício” (8 de novembro de 1974).
Experiência com microfilme
“A página estava apagada, amarelada e amassada, e havia buracos irregulares que interrompiam a escrita delgada. Esse era o registro de um batizado que acontecera na Espanha no dia 19 de fevereiro, há 511 anos.
A data tinha sido relativamente fácil de decifrar. Um esforço concentrado, temperado com anos de experiência e uma oração fervorosa, haviam finalmente levado o pesquisador a encontrar o nome do pai e, depois, o da mãe. Mas o nome do filho simplesmente não se encontrava lá. O passar dos anos, mofo, camundongos e insetos vorazes haviam roído a página, deixando-a ilegível.
A extratora havia encontrado a anotação no microfilme um dia antes e, depois de um diligente esforço, havia voltado para casa, decidida a retornar ao documento após um dia de oração e jejum. Mas, no dia seguinte, ainda era impossível ler o registro. A extratora continuou o trabalho, mas foi compelida a retornar ao registro várias vezes durante toda a tarde. Finalmente, ela decidiu tentar mais uma vez, antes de tirar o registro não solucionado da mente.
Quando girou o botão do microfilme, o nome quase saltou da página. Ela fitou o nome sem acreditar nas letras que se formaram com precisão.
‘Elena Gallegos, o nome é Elena Gallegos!’, falou em voz alta com euforia. Alguns dos outros extratores, cientes do esforço dela, rapidamente se juntaram a seu redor, maravilhados ao verem o nome que surgira com clareza na tela da leitora.
Ao copiar o nome rapidamente, um cálido sentimento de proximidade envolveu-a. ‘Senti como se tivesse sido abraçada’, explicou mais tarde. Quando retornou ao registro mais tarde para verificar a exatidão do trabalho, as palavras estavam ilegíveis novamente” (Derin Head Rodriguez, “More than Names”, Ensign, janeiro de 1987, p. 12).





