




Centro de História da Família
CHF - Estaca Nova Iguaçu

O Trabalho de História da Família e Genealogia
O trabalho do templo e da história da família podem abençoar e proteger você e sua família. O Presidente Boyd K. Packer prometeu:
“O Senhor nos abençoará à medida que atentarmos para o trabalho sagrado dos templos. As bênçãos não serão limitadas ao serviço prestado no templo.
Seremos abençoados em todos os nossos empreendimentos. Estaremos qualificados para que o Senhor atente para nossos negócios de ordem espiritual e temporal. (…)
Ao servirmos no templo, seremos cobertos com um escudo e uma proteção, tanto como indivíduos quanto como povo” ( The Holy Temple [1980], pp. 182, 265)."
O Presidente Thomas S. Monson disse: “Nesta obra, nenhuma porta se abrirá sem [a chave da fé]. Testifico que, quando fazemos todo o possível para fazer a obra que temos diante de nós, o Senhor coloca a nossa disposição a chave sagrada necessária para abrir o tesouro que tanto buscamos. (…) Irmãos e irmãs, não se cansem de fazer o bem. Se acham que sua contribuição é pequena ou insignificante, lembrem-se de que o valor das almas é grande à vista de Deus. Nossa oportunidade é a de preparar o caminho e realizar as ordenanças, depois de termos feito uma pesquisa fiel, para que essas almas se preparem para a glória que lhes é uma oportunidade divina” (“A Chave da Fé”, A Liahona , maio de 1994, p. 5).
O propósito principal do trabalho da história da família é descobrir os nomes dos antepassados e realizar as ordenanças do templo por eles. Esse trabalho envolve um processo simples: Reunir informações para identificar seus antepassados. Registrar as informações sobre seus antepassados para uni-los em famílias. Realizar as ordenanças do templo por seus antepassados que ainda não as receberam. o processo frequentemente leva a informações sobre outros antepassados — os pais, filhos e irmãos daqueles que você encontrou — e o processo começa novamente.
Como fazer minha História da Família?
Reunir Informações Que Estão na Casa
Sua casa é uma fonte importante de informações de história da família. Passe algum tempo procurando registros que existem em seu lar. Você pode encontrar:
• Registros de grupo familiar, gráficos de linhagem, livros de recordações ou tábuas memoriais.
• Bíblias da Família.
• Diários, crônicas e cartas.
• Histórias pessoais e biografias resumidas.
• Histórias da família.
• Fotografias antigas.
• Obituários e recortes de jornal.
• Certidões de nascimento e casamento, e atestados de óbito.
• Registros de domicílios e documentos de cadastramento tribal.
O Presidente Boyd K. Packer, do Quórum dos Doze Apóstolos, sugeriu uma maneira simples para reunir tais itens:
“Pegue uma caixa de papelão. Qualquer caixa serve.
Coloque em algum lugar visível, (…) qualquer lugar que não passe despercebida. Durante algumas semanas, reúna e coloque na caixa todos os registros de sua vida, tais como sua certidão de nascimento, certificado de bênção, de batismo, ordenação e certificados de conclusão de cursos escolares. Junte todos os diplomas, fotografias, homenagens ou prêmios, seu diário, se tiver um, tudo o que for pertinente a sua vida; qualquer coisa escrita, registrada ou que testifique que você está vivo ou que já realizou algo” (“Sua história Familiar: Como Começar”, A Liahona , agosto 2003, p. 15).
Usar o Site do FamilySearch
As informações de história da família podem ser escritas à mão ou registradas no computador, mas antes de fazer as ordenanças por seus antepassados, é preciso digitar as informações deles no site do FamilySearch ( new.familysearch.org ). Quando suas informações de história da família forem inseridas nesse site, o sistema irá:
• Mostrar quais informações sobre sua família já foram reunidas.
• Mostrar quais ordenanças do templo já foram feitas e quais precisamser feitas.
• Fornecer uma maneira de você imprimir os formulários de Solicitação de ordenança Familiar que podem ser levados ao templo.
• Permitir que outros pesquisadores usem as informações da história de sua família para ajudá-los em sua pesquisa.
• Ajudá-lo a encontrar e a comunicar-se com outros familiares que também estão pesquisando seus antepassados.
Você pode digitar suas informações de história da família diretamente no site do FamilySearch, ou pode dar suas informações escritas à mão a um consultor de história da família, que pode ajudá-lo a digitar as informações ou fazer isso por você.
Inserir Você Mesmo as Informações
Se tiver acesso à Internet, siga estes passos para digitarsuas informações de história da família diretamente no sitedo FamilySearch
1. Cadastre-se ou entre no site new.familysearch.org; se estiver usando o sistema pela primeira vez, você precisará do seu número de registro de membro da Igreja e da data da sua confirmação para identificar-se.
2. Digite as informações de história da família que você reuniu, inclusive detalhes sobre como e onde você obteve as informações. Corrija quaisquer informações incorretas que sua pesquisa possa ter descoberto. o sistema vai avisá-lo sobre o que digitar e se mais informações são necessárias antes de realizar as ordenanças do templo por seus antepassados.
Trabalhar com um Consultor de História da Família
Se você não tem acesso à Internet ou não sabe usar o computador, pode registrar suas informações de história da família em formulários. Depois, pode trabalhar com um consultor de história da família para inserir as informações no site do FamilySearch.
o site do FamilySearch permite que você imprima seu gráfico de linhagem e as informações de grupo familiar da família que estiver pesquisando. Seu consultor de história da família ou a equipe do centro de história da família podem ajudá-lo a imprimir as informações familiares que estão no site. Ao reunir informações adicionais de história da família, você pode registrá-las nesses papéis impressos. Se não puder obter papéis impressos, você poderá usar gráficos de linhagem e registros de grupo familiar em branco (ver o apêndice A para exemplares desses formulários).
Depois de escrever suas informações de história da família nos papéis impressos pelo site ou nos gráficos de linhagem e registros de grupo familiar, leve os formulários ao seu consultor de história da família, que pode ajudá-lo a digitar as informações. Se não houver acesso à Internet disponível em sua área, o consultor de história da família pode ajudá-lo a enviar cópias dos seus formulários ao centro de história da família ou a algum local onde as informações possam ser inseridas no site do FamilySearch.
Entrevistar Membros da Família
Uma entrevista pessoal pode ser a melhor maneira de obter informações de história da família com seus parentes. realize a entrevista pessoalmente, se possível. Se não puder fazer isso, entre em contato com seus parentes por telefone, carta ou e-mail. Use as informações a seguir para ajudá-lo a realizar a entrevista.
Não Contar Apenas com a Própria Força
Depois de reunir e registrar as informações de história da família à disposição em sua casa e com sua família, você pode precisar pesquisar registros públicos em busca de mais informações. Quando sua pesquisa se tornar mais desafiadora, lembre-se das palavras do Presidente Henry B. Eyring, da Primeira Presidência:
“Depois de encontrarem as primeiras gerações, o trabalho ficará mais difícil. (…) Serão tentados a parar e deixar o difícil trabalho de pesquisa para pessoas mais capacitadas, ou para outro momento da vida. Mas também sentirão algo no coração dizer-lhes para continuar com o trabalho, por mais difícil que seja.
Quando decidirem, lembrem-se de que esses nomes tão difíceis de encontrar são de pessoas reais a quem vocês devem a sua própria existência neste mundo, pessoas com quem se encontrarão novamente no mundo espiritual. (…) o coração [delas] está ligado
a vocês. Vocês têm as esperanças [delas] nas mãos. Não contarão somente com a própria força quando decidirem continuar o trabalho de procurá-los” ( Conference Report , abril de 2005, p. 82; ou A Liahona , maio de 2005, pp. 79–80).
Registros Públicos a Pesquisar
Há muitos tipos de registros públicos nos quais você pode pesquisar.
O governo e as igrejas mantém normalmente registros de acontecimentos específicos da vida. Esses registros podem registrar eventos ocorridos há centenas de anos. Em muitos casos, os registros foram mantidos com muito cuidado. os exemplos incluem:
Registros Vitais - Os registros vitais geralmente contém a data e o local de nascimentos, casamentos e falecimentos, que são importantes para as ordenanças do templo. Os registros vitais são geralmente encontrados em agências do governo e em igrejas, próximos aos lugares onde seus antepassados viveram. Em alguns países, os registros vitais são chamados também de registros civis .
Registros do Censo - Os registros do censo são uma rica fonte de informações sobre pessoas e famílias. esses registros geralmente listam nomes, idades, relacionamentos, locais de nascimento e profissões. Milhares de registros do censo foram filmados e estão à disposição para uso fácil na Internet e nos centros de história da família em todo o mundo.
Registros de Imigração - Os registros de Imigração eram criados quando uma pessoa ou uma família chegava a um novo país. esses registros são úteis para encontrar o nome e o local de nascimento dos membros da família e a data da chegada ao novo país. Muitas coleções de registros de imigração podem ser encontradas na Internet e em centros de história da família em todo o mundo.
Jornais - Os jornais podem trazer artigos sobre seus antepassados e com frequência incluem obituários anunciando o falecimento dos cidadãos locais. Os obituários geralmente contêm detalhes valiosos sobre a pessoa, como informações sobre o local e a data do nascimento, membros da família, religião e sepultamento.
Registros de Igrejas - Os registros de igrejas podem fornecer informações que não estão à disposição em outros tipos de registros. As igrejas mantêm geralmente registros de nascimentos, casamentos e falecimentos quando o governo local não o faz. Esses registros podem ter um papel importante em sua pesquisa das informações da família.
Registros de Cemitérios - Registros de cemitérios, tais como de lápides e assentamentos de cemitérios podem fornecer datas de nascimento e falecimento, idade no falecimento, nome do cônjuge, nome dos filhos e nome de solteira. O local de nascimento é ocasionalmente mencionado. As lápides podem ter símbolos ou emblemas que sugerem participação no serviço militar e filiação social, fraternal e religiosa.
O Coração dos Filhos Voltar-se-á. Elder Bednar, Apóstolo do Senhor Jesus Cristo
Do Quórum dos Doze Apóstolos
Convido os jovens da Igreja a aprenderem a respeito do Espírito de Elias e a vivenciarem-no.
Ao estudar, aprender e viver o evangelho de Jesus Cristo, a sequência geralmente é instrutiva. Pensem, por exemplo, nas lições sobre prioridades espirituais que nos ensinam a sequência dos principais acontecimentos da Restauração da plenitude do evangelho do Salvador nestes últimos dias.
No Bosque Sagrado, Joseph Smith viu o Pai Eterno e Jesus Cristo e falou com Eles. Entre outras coisas, Joseph aprendeu sobre a verdadeira natureza da Trindade e sobre a revelação contínua. Aquela majestosa visão deu início à “dispensação da plenitude dos tempos” (Efésios 1:10) e foi um dos acontecimentos mais importantes da história do mundo.
Aproximadamente três anos depois, em resposta a uma sincera oração, na noite de 21 de setembro de 1823, o quarto de Joseph encheu-se de luz até “ficar mais iluminado do que ao meio-dia” (Joseph Smith—História 1:30). Uma pessoa apareceu ao lado de sua cama, chamou o menino pelo nome e declarou “que era um mensageiro enviado (…) da presença de Deus e que seu nome era Morôni” (versículo 33). Ele instruiu Joseph sobre o surgimento do Livro de Mórmon. Em seguida, Morôni citou parte do livro de Malaquias, do Velho Testamento, com uma pequena variação em relação à linguagem usada na versão do rei Jaime: “Eis que eu vos revelarei o Sacerdócio, pela mão de Elias, o profeta, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor.
(…) E ele plantará no coração dos filhos as promessas feitas aos pais; e o coração dos filhos voltar-se-á para seus pais. Se assim não fosse, toda a terra seria totalmente destruída na sua vinda” (versículos 38, 39).
As instruções de Morôni ao jovem profeta, no final, incluíram dois temas principais: (1) o Livro de Mórmon e (2) as palavras de Malaquias que prediziam o papel de Elias, o profeta, na Restauração “de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus santos profetas, desde o princípio” (Atos 3:21). Portanto, os acontecimentos iniciais da Restauração revelaram uma correta compreensão da Trindade, salientaram a importância do Livro de Mórmon e anteciparam o trabalho de salvação e exaltação tanto para os vivos quanto para os mortos. Essa inspiradora sequência é instrutiva sobre as questões espirituais de maior prioridade para Deus.
Minha mensagem enfoca o ministério e o Espírito de Elias, preditos por Morôni em suas instruções iniciais a Joseph Smith. Oro sinceramente pela ajuda do Espírito Santo.
O Ministério de Elias, o Profeta
Elias foi um profeta do Velho Testamento que realizou grandes milagres. Ele selou os céus, e não choveu na antiga Israel por três anos e meio. Ele multiplicou o alimento e o azeite de uma viúva. Ergueu um menino de entre os mortos e invocou fogo dos céus ao desafiar os profetas de Baal. (Ver I Reis 17–18.) Ao término de seu ministério mortal, Elias “subiu ao céu num redemoinho” (II Reis 2:11) e foi transladado.
“Aprendemos por revelação moderna que Elias possuía o poder selador do Sacerdócio de Melquisedeque e foi o último profeta a fazê-lo antes da época de Jesus Cristo” (Dicionário Bíblico [em inglês], “Elijah”). O Profeta Joseph Smith explicou: “O espírito, poder e chamado de Elias, o profeta, é que vocês têm o poder para possuir a (…) plenitude do Sacerdócio de Melquisedeque (…); e para (…) obter (…) todas as ordenanças pertencentes ao reino de Deus” (Ensinamentos dos Presidentes da Igreja: Joseph Smith, 2007, p. 326; grifo do autor). Essa sagrada autoridade de selamento é essencial para que as ordenanças do sacerdócio sejam válidas tanto na Terra quanto no céu.
Elias apareceu com Moisés no Monte da Transfiguração (ver Mateus 17:3) e conferiu essa autoridade a Pedro, Tiago e João. Elias apareceu novamente com Moisés e outros, em 3 de abril de 1836, no Templo de Kirtland, e conferiu as mesmas chaves a Joseph Smith e Oliver Cowdery.
As escrituras relatam que Elias, o profeta, apareceu a Joseph e Oliver e disse:
“Eis que é chegado plenamente o tempo proferido pela boca de Malaquias — testificando que ele [Elias, o profeta] seria enviado antes que viesse o grande e terrível dia do Senhor — Para voltar o coração dos pais para os filhos e os filhos para os pais, a fim de que a Terra toda não seja ferida com uma maldição — Portanto as chaves desta dispensação são confiadas a vossas mãos; e assim sabereis que o grande e terrível dia do Senhor está perto, sim, às portas” (D&C 110:14–16).
A restauração da autoridade de selamento por Elias, em 1836, era necessária para preparar o mundo para a Segunda Vinda do Salvador e deu início a um maior interesse mundial pela pesquisa de história da família.
O Espírito e o Trabalho de Elias, o Profeta
O Profeta Joseph Smith declarou: “A maior responsabilidade do mundo que Deus colocou sobre nós é a de buscar nossos mortos. (…) Porque é necessário que o poder selador esteja em nossas mãos para selar nossos filhos e nossos mortos para a plenitude da dispensação dos tempos — uma dispensação para cumprir as promessas feitas por Jesus Cristo antes da fundação do mundo para a salvação do homem. (…) Foi por isso que Deus disse: ‘Eis que eu vos enviarei o profeta Elias’” (Ensinamentos: Joseph Smith, pp. 500–501).
Joseph explicou ainda:
“Mas qual é o objetivo [da vinda de Elias]? Ou como ela deve ser cumprida? As chaves devem ser entregues, o espírito de Elias, o profeta, deve vir, o Evangelho deve ser estabelecido, os santos de Deus devem ser reunidos, Sião deve ser edificada e os santos devem tornar-se salvadores no Monte Sião [ver Obadias 1:21].
Como eles se tornarão salvadores no Monte Sião? Construindo seus templos (…) e recebendo todas as ordenanças (…) em favor de todos os seus antepassados falecidos (…); e essa é a corrente que une o coração dos pais aos filhos e dos filhos aos pais e cumpre a missão de Elias, o profeta” (Ensinamentos: Joseph Smith, pp. 498–499).
O Élder Russell M. Nelson ensinou que o Espírito de Elias “é uma manifestação do Espírito Santo que presta testemunho da natureza divina da família” (“A New Harvest Time”, Ensign, maio de 1998, p. 34). Essa influência característica do Espírito Santo leva as pessoas a identificar, documentar e valorizar seus antepassados e familiares — tanto passados quanto presentes.
O Espírito de Elias influencia as pessoas, dentro e fora da Igreja. Contudo, como membros da Igreja restaurada de Cristo, temos a responsabilidade por convênio de buscar nossos antepassados e de prover-lhes as ordenanças de salvação do evangelho. “Para que eles sem nós não fossem aperfeiçoados” (Hebreus 11:40; ver também Ensinamentos: Joseph Smith, p. 500). E “nem podemos nós, sem nossos mortos, ser aperfeiçoados” (D&C 128:15).
Por esse motivo pesquisamos a história da família, construímos templos e fazemos ordenanças vicárias. Por esse motivo Elias foi enviado para restaurar a autoridade de selamento que liga na Terra e no céu. Somos os agentes do Senhor no trabalho de salvação e exaltação que impedirá “que a Terra toda (…) seja ferida com uma maldição” (D&C 110:15) quando Ele voltar. Esse é nosso dever e nossa grande bênção.
Um Convite para a Nova Geração
Agora peço a atenção dos rapazes, das moças e crianças da nova geração ao salientar a importância do Espírito de Elias em nossa vida atual. Minha mensagem se dirige à Igreja inteira em geral — mas particularmente a vocês.
Muitos de vocês acham que o trabalho de história da família é para ser realizado principalmente por pessoas mais velhas. Mas não sei de nenhum limite de idade determinado nas escrituras ou nas diretrizes anunciadas pelos líderes da Igreja que restrinja esse importante serviço aos adultos. Vocês são filhos e filhas de Deus, filhos do convênio e edificadores do reino. Não precisam esperar até atingir uma determinada idade para cumprir sua responsabilidade de ajudar no trabalho de salvação da família humana.
O Senhor providenciou-nos, em nossos dias, alguns recursos extraordinários que nos permitem aprender e amar esse trabalho que é vivificado pelo Espírito de Elias. O FamilySearch, por exemplo, é uma coletânea de registros, recursos e serviços, de fácil acesso por computadores pessoais ou vários dispositivos portáteis, que visa ajudar as pessoas a descobrir e documentar sua história da família. Esses recursos também podem ser encontrados nos centros de história da família localizados em muitos de nossos edifícios da Igreja no mundo inteiro.
Não é coincidência que o FamilySearch e outras ferramentas tenham surgido numa época em que os jovens estejam tão familiarizados com amplo leque de informações e tecnologias de comunicação. Seus dedos foram treinados para digitar textos e tweetar, a fim de acelerar e impulsionar o trabalho do Senhor — não apenas para se comunicarem rapidamente com os amigos. As habilidades e aptidões que muitos jovens têm hoje são uma preparação para que contribuam neste trabalho de salvação.
Convido os jovens da Igreja a aprenderem a respeito do Espírito de Elias e a vivenciarem-no. Incentivo-os a estudarem, a pesquisarem seus antepassados e a prepararem-se para realizar batismos vicários na casa do Senhor por seus próprios parentes falecidos (ver D&C 124:28–36). E peço que ajudem outras pessoas a identificar a história da família delas.
Ao atenderem com fé a este convite, seu coração se voltará aos pais. As promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó serão implantadas em seu coração. Sua bênção patriarcal, com sua declaração de linhagem, vai ligá-los a esses pais e será mais significativa para vocês. Seu amor e sua gratidão por seus antepassados vão aumentar. Seu testemunho do Salvador e sua conversão a Ele se tornarão mais profundos e duradouros. E prometo-lhes que serão protegidos da crescente influência do adversário. Ao participarem desse trabalho sagrado e amarem-no, serão protegidos em sua juventude e por toda a vida.
Pais e líderes, por favor, ajudem seus filhos e jovens a aprenderem sobre o Espírito de Elias e vivenciarem-no. Mas não programem demais essa tarefa nem forneçam informações ou treinamento por demais detalhados. Convidem os jovens a explorar, a experimentar e a aprender por si mesmos (ver Joseph Smith—História 1:20). Todo jovem pode fazer o que estou sugerindo usando os módulos disponíveis no site lds.org/familyhistoryyouth. . As presidências de quóruns do Sacerdócio Aarônico e das classes das Moças podem desempenhar um importante papel, ajudando todos os jovens a conhecer esses recursos básicos. Os jovens precisam cada vez mais se tornar aprendizes que agem, recebendo assim mais luz e conhecimento pelo poder do Espírito Santo — e não apenas alunos passivos que recebem a ação (ver 2 Néfi 2:26).
Pais e líderes, vocês ficarão assombrados com a rapidez com que seus filhos e os jovens da Igreja adquirirão habilidade no uso dessas ferramentas. De fato, vocês aprenderão valiosas lições com esses jovens sobre a utilização eficaz desses recursos. Os jovens podem oferecer muito aos mais velhos que não se sentem à vontade ou que têm medo da tecnologia, ou que não conhecem o FamilySearch. Vocês também receberão muitas bênçãos, à medida que os jovens dedicarem mais tempo ao trabalho de história da família e ao serviço do templo, e menos tempo para videogames, Internet e Facebook.
Troy Jackson, Jaren Hope e Andrew Allan são portadores do Sacerdócio Aarônico que foram chamados por um bispo inspirado para dar aulas em uma classe de história da família em sua ala. Esses jovens são como muitos de vocês em sua avidez para aprender e no desejo de servir.
Troy disse: “Eu costumava ir para a Igreja e ficar ali sentado, mas agora percebo que preciso voltar para casa e fazer algo. Todos podemos fazer o trabalho de história da família”.
Jaren contou que ao aprender mais sobre a história da família compreendeu “que não eram apenas nomes, mas pessoas reais. Fui ficando cada vez mais entusiasmado em levar os nomes ao templo”.
E Andrew comentou: “Passei a interessar-me pela história da família com um amor e vigor que não sabia que podia ter. Ao preparar-me a cada semana para ensinar, muitas vezes senti-me inspirado pelo Santo Espírito a agir e a utilizar alguns dos métodos ensinados na lição. Antes, a história da família era uma coisa que intimidava. Mas com a ajuda do Espírito consegui estar à altura do meu chamado e ajudar muitas pessoas de nossa ala”.
Meus queridos jovens irmãos e irmãs, a história da família não é apenas um programa ou uma atividade interessante que a Igreja patrocina, mas, sim, uma parte vital do trabalho de salvação e exaltação. Vocês foram preparados para este dia e para edificar o reino de Deus. Estão aqui na Terra agora para auxiliar nesse trabalho glorioso.
Testifico que Elias voltou à Terra e restaurou a sagrada autoridade de selamento. Testifico que o que é ligado na Terra pode ser ligado no céu. E eu sei que os jovens da nova geração têm um papel importante a desempenhar nesse grande empreendimento. Presto testemunho disso no sagrado nome do Senhor Jesus Cristo. Amém.
O Élder Dennis B. Neuenschwander, dos Setenta, falou de sua
responsabilidade quanto a ensinar aos filhos e netos a história de sua família:
“Nenhum de meus filhos tem qualquer recordação de meus avós. Se eu quiser que meus filhos e netos conheçam as pessoas que eu ainda guardo na memória, terei que formar um elo que os una. Eu sou o único elo que liga as gerações que vieram antes de mim e as que virão depois. Tenho a responsabilidade de uni-las para que, por meio do amor e respeito, sejam unas de coração, embora nunca se tenham conhecido. Meus netos não saberão nada sobre a história de sua própria família se eu não a preservar para eles.
Tudo aquilo que eu de alguma forma não registrar será perdido quando eu morrer; e tudo o que eu deixar de transmitir a meus filhos e netos, eles nunca terão. O trabalho de reunir e compartilhar recordações familiares eternas é uma responsabilidade pessoal e não pode ser relegada [ou passada de] uma pessoa para outra.” (A Liahona, julho de 1999, pp. 98–99.)





